Japão diz que objetos aéreos anteriores podem ser balões espiões chineses

Japão diz que objetos aéreos anteriores podem ser balões espiões chineses
Japão fez uma análise e concluiu que em novembro de 2019, junho de 2020 e setembro de 2021, balões de reconhecimento não tripulados voados pela China sobrevoaram território japonês. EUA recuperam partes do balão chinês, abatido há dez dias no litoral americano

Uma nova análise de objetos voadores não identificados que sobrevoaram o espaço aéreo japonês nos últimos anos sugere que eram balões espiões chineses, de acordo com o Ministério da Defesa do Japão.

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No fim de janeiro, um balão entrou no espaço aéreo dos Estados Unidos. O artefato chegou a flutuar de volta para o Canadá e, então, retornou aos EUA. As autoridades reconheceram que havia um objeto voando na região no dia 2 de fevereiro.

Em 4 de fevereiro, com um único míssil, um caça derrubou o balão na costa do estado da Carolina do Sul.

O governo americano enfatizou que o artefato era chinês e usado para espionagem. A China tem um programa de vigilância do Exército Popular de Libertação que usa esses balões.

As Forças Armadas dos EUA disseram que o objeto estava sendo usado para obter informações sobre instalações militares do país. A China , por sua vez, insistiu que o balão estava realizando pesquisas meteorológicas.

Balão chinês que sobrevoou EUA tem comprimento de três ônibus

Arte g1

Nota do Japão

Em um comunicado, o Ministério da Defesa do Japão afirmou o seguinte: "Após uma análise mais aprofundada de objetos voadores em forma de balão identificados anteriormente no espaço aéreo japonês, incluindo os de novembro de 2019, junho de 2020 e setembro de 2021, concluímos que eles são fortemente presumidos como balões de reconhecimento não tripulados voados pela China".

O órgão também disse que "exigiu veementemente que o governo chinês confirmasse os fatos" e "que tal situação não volte a acontecer no futuro".

"As violações do espaço aéreo por balões de reconhecimento não tripulados e outros meios são totalmente inaceitáveis", diz o texto.

O Japão disse na semana passada que reexaminaria uma série de incidentes envolvendo objetos aéreos não identificados, depois que um suposto balão espião chinês foi abatido pelos EUA.

Após o incidente, os militares americanos ajustaram os radares para detectar objetos menores e descobriram três outros dispositivos não identificados, que também foram abatidos.