Após atentados a políticos no Equador, Lula repudia "ataques contra a democracia"

Presidente disse que Brasil 'lamenta e repudia toda a violência política'.

Após atentados a políticos no Equador, Lula repudia
Presidente disse que Brasil 'lamenta e repudia toda a violência política'. Nos últimos dias, candidato a presidente e dirigente partidário do Equador foram assassinados. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) repudiou nesta segunda-feira (14) os atentados registrados contra políticos no Equador.

A poucos dias das eleições presidenciais no país, duas lideranças políticas equatorianas foram assassinadas.

Então candidato a presidente, Fernando Villavicencio foi assassinado na saída de um comício, no último dia 9. Seis colombianos foram presos por participação no crime.

Nesta segunda, Pedro Briones, dirigente partidário local, também foi morto. A polícia ainda não se pronunciou sobre o caso.

Além dos dois políticos, Estefany Puente, candidata à Assembleia Nacional do país, foi vítima de atentado em Quevedo, no último dia 10. Ela foi alvo de disparos de arma de fogo. Um dos tiros a atingiu de raspão no braço.

Em declaração à TV Globo, Lula disse que o Brasil "lamenta e repudia toda a violência política" e classificou os atentados como "ataques contra a democracia".

"O Brasil lamenta e repudia toda a violência política e atentados contra candidatos são ataques contra a democracia."

Reação dos Três Poderes

O assassinato de Villavicencio gerou reações na cúpula dos Três Poderes, em Brasília, na última semana.

Na ocasião, o Ministério das Relações Exteriores afirmou ter "confiança de que os responsáveis por esse deplorável ato serão identificados e levados à Justiça, o governo brasileiro transmite suas sentidas condolências à família do candidato presidencial e ao governo e povo equatorianos".

Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE(, o ministro Alexandre de Moraes também condenou o ataque.

"O respeito às leis e ao Estado Democrático de Direto prevalecerão com a garantia absoluta do exercício da cidadania nas eleições no Equador no próximo dia 20 de agosto. Repudiamos todo e qualquer ato que ponha em risco o legítimo processo eleitoral que assegure ao cidadão o direito de escolher livremente os seus legítimos representantes", disse.

O presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), defendeu que embates não devem "jamais extrapolar o campo político".

"O combate de ideias não pode e não deve jamais extrapolar o campo político, o campo das ideias. A política não pode se confundir com guerra. A política é o contrário da guerra, é o campo de resolução de conflitos de forma civilizada democrática e pacífica", afirmou Pacheco.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), se manifestou pela condenação dos responsáveis e disse que iria sugerir a Lula e Pacheco um posicionamento conjunto em defesa da democracia no Equador.

"Nós esperamos que a Justiça e as forças policiais do Equador apurem isso o mais rápido possível e que sejam punidos veementemente os autores, ou quem está por trás disso, e que as eleições possam acontecer no dia 20, para que a democracia não sofra arranhões naquele país", declarou Lira.