MORRE jurista José Gregori, ex-ministro do governo FHC e defensor dos direitos humanos

O PSDB, partido ao qual Gregori pertencia, disse lamentar profundamente sua morte, e que democracia brasileira e o sistema judiciário devem muito à sua luta.

Foto: Reprodução internet

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SÃO PAULO - O corpo do advogado José Gregori, ex-ministro da Justiça e ex-secretário nacional dos Direitos Humanos no governo Fernando Henrique Cardoso (FHC), será velado nesta segunda-feira (4), em São Paulo. Ele também foi membro fundador da Comissão Arns. O sepultamento será às 15h, no Cemitério da Consolação, na região central da capital paulista. Gregori faleceu neste domingo aos 92 anos. Ele estava internado no Hospital Sírio Libanês e deixa três filhas.

Em publicação em uma rede social, a Comissão Arns lamentou o falecimento e disse que o legado de Gregori em defesa dos direitos humanos será sempre lembrado. "Nossa solidariedade aos familiares", diz a postagem. A Fundação FHC afirmou que Gregori foi um democrata e um defensor dos direitos humanos em mais de 60 anos de vida pública. "Lamentamos profundamente sua morte. Estendemos os nossos sentimentos de pesar às suas filhas, netos e netas".

Sentimentos

O PSDB, partido ao qual Gregori pertencia, disse lamentar profundamente sua morte, e que democracia brasileira e o sistema judiciário devem muito à sua luta. "Fica o sincero agradecimento por todo seu trabalho para garantir uma vida mais digna para as pessoas. Nossos sentimentos à família".

O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), por meio do ministro Silvio Almeida, também expressou luto e disse que Gregori teve sua trajetória marcada pela defesa dos direitos humanos e da democracia. "O Ministério manifesta condolências aos familiares, amigos e admiradores de José Gregori, cuja vida foi um exemplo a ser seguido e jamais esquecido".

A Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo elogiou o trabalho de Gregori e lembrou que o jurista foi um defensor incansável da democracia e referência mundial na defesa dos direitos humanos e lamentou sua partida.

"Gregori, no que acabou se tornando sua última manifestação pública, advertia que 'é preciso que enxerguemos os direitos humanos não somente como um ideal ético e de princípios, mas como algo que traz resultados efetivos, diminuindo a impunidade na sociedade'. Ideias como essa dão a medida de seus ideais: a dignidade da pessoa humana e o estado de direito acima de qualquer disputa circunstancial", finalizou.