Conflito entre Israel e Hamas entra no 2º dia com novas explosões; mais de 500 pessoas já morreram

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Conflito entre Israel e Hamas entra no 2º dia com novas explosões; mais de 500 pessoas já morreram
Bombardeios foram registrados na Faixa de Gaza durante a madrugada deste domingo (8). Milhares de pessoas ficaram feridas em troca de ataques. Imagens mostram novos bombardeios na Faixa de Gaza

Entrou no segundo dia o conflito entre Israel e o Hamas, neste domingo (8). O último balanço das autoridades indica que 532 pessoas morreram, sendo 300 em Israel e 232 na Faixa de Gaza. Há milhares de pessoas feridas.

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Novas explosões foram reportadas na Faixa de Gaza durante a madrugada deste domingo, pelo horário local, e foram se intensificando ao amanhecer. Assista no vídeo acima.

O conflito começou após o Hamas lançar um ataque surpresa contra Israel no sábado (7), a partir de Gaza.

Esse é considerado um dos maiores ataques que Israel sofreu nos últimos anos. Diante da ofensiva do Hamas, os israelenses declararam estado de guerra.

"Estamos em guerra e vamos ganhar", disse o primeiro-ministro do Israel, Benjamin Netanyahu. "O nosso inimigo pagará um preço que nunca conheceu."

Ainda durante o sábado, Israel fez bombardeios contra a Faixa de Gaza como resposta. Segundo as forças israelenses, os alvos são lugares ligados ao Hamas.

Já na madrugada deste domingo, as forças armadas de Israel afirmaram que a situação ainda não estava controlada dentro do país. Com isso, o conflito continua.

Os próximos passos das forças israelenses devem ser determinados pela situação dos reféns que foram levados à Faixa de Gaza, segundo um porta-voz do país.

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A guerra em Israel

Arte/g1

O que aconteceu até agora

No sábado (7), lideranças do Hamas anunciaram que estavam iniciando uma grande operação de retomada de território. Um alto comandante do grupo chegou a dizer que mais de 5 mil foguetes tinham sido lançados contra Israel a partir da Faixa de Gaza.

Sirenes foram ouvidas em várias partes de Israel, incluindo grandes cidades, como Tel Aviv e Jerusalém. Os ataques atingiram prédios e veículos, causando estragos em diversas regiões do país.

Pela terra e pelo mar, homens armados do Hamas invadiram o território israelita na região sul do país. Agências internacionais relataram que esses homens atiraram contra pessoas que estavam nas ruas.

Também há relatos de dezenas de moradores israelenses sendo levados como reféns para a Faixa de Gaza.

Após a ofensiva, o primeiro-ministro israelense convocou uma reunião de emergência e lançou a operação "Espadas de Ferro", prometendo uma resposta ao Hamas.

O governo de Israel pediu para que os cidadãos sigam instruções de segurança. A recomendação é para que as pessoas fiquem próximas de espaços protegidos.

Israel também recebeu o apoio de autoridades dos Estados Unidos e da União Europeia. O presidente Joe Biden afirmou que os norte-americanos estão prontos para oferecer "todos os meios apropriados de apoio".

Homem corre após explosão provocada por foguete lançado da Faixa de Gaza, em Israel, em 7 de outubro de 2023

REUTERS/Amir Cohen

Entenda o conflito

O conflito entre Israel e Palestina se estende há décadas. Em sua forma moderna, remonta a 1947, quando as Nações Unidas propuseram a criação de dois Estados, um judeu e um árabe, na Palestina, sob mandato britânico.

Israel foi reconhecido como país no ano seguinte. Desde então, há uma disputa por território, e vários acordos já tentaram estabelecer a paz na região, mas sem sucesso.

Veja mais detalhes sobre o conflito entre Israel e Palestina

Palestinos assumem o controle de tanque israelense depois de cruzar a fronteira de Israel com Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, em 7 de outubro de 2023.

Said Khatib/AFP

O que é o Hamas?

O Hamas é o maior dentre diversos grupos de militantes islâmicos da Palestina. O grupo é classificado como terrorista por Israel, Estados Unidos, União Europeia e Reino Unido, bem como outras potências globais.

O nome em árabe é um acrônimo para Movimento de Resistência Islâmica, que teve origem em 1987 após o início da primeira intifada palestina contra a ocupação israelense da Cisjordânia e da Faixa de Gaza.

Em sua fundação, o Estatuto do Hamas definiu a Palestina histórica, incluindo o atual território de Israel, como terra islâmica e exclui qualquer paz permanente com o Estado judeu. O documento também ataca os judeus como povo, fortalecendo acusações de que o grupo é antissemita.

VEJA IMAGENS

Pessoas observam destruição na Faixa de Gaza após bombardeios israelenses em reação a ataque do Hamas no dia 7 de outubro de 2023

Mohammed Abed/AFP

Fumaça é vista após ataques israelenses a Gaza no dia 7 de outubro de 2023

Mohammed Salem/Reuters

Homens armados palestinos que se infiltraram em áreas do sul de Israel, no lado israelense de Israel-Gaza

Reuters

Palestinos comemoram enquanto viajam em um veículo militar israelense que foi apreendido

Reuters

Hamas afirmou que 5 mil foguetes foram lançados da Faixa de Gaza

REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa

Soldados israelenses trabalham para proteger áreas residenciais após uma infiltração

Reuters

Palestinos reagem quando um veículo militar israelense pega fogo após ser atingido por homens armados palestinos que se infiltraram em áreas do sul de Israel, no lado israelense de Israel

Reuters

Prédio pega fogo após ser atingido por foguete em Tel Aviv, Israel, em 7 de outubro de 2023

REUTERS/Itai Ron

VÍDEOS: conflito entre Israel e Hamas