'Não temos medo de entrar em Gaza', diz militar israelense filho de brasileiro

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'Não temos medo de entrar em Gaza', diz militar israelense filho de brasileiro
Dan Rushansky é filho de um pernambucano com uma belga, trabalhava como guia turístico e após servir ao Exército por três anos, tornou-se especialista em desarmar bombas. Dan Rushansky é israelense filho de um pernambucano com uma belga

GloboNews

Distante da rotina como guia turístico e dono de bar em Tel Aviv, o israelense Dan Rushansky, que é filho de um pernambucano com uma belga, está em uma base militar em Israel - em local exato não revelado por questões de segurança. Ele foi convocado para lutar após o Hamas lançar um ataque terrorista contra Israel no último sábado (7).

O guia turístico serviu o Exército por três anos —como todo israelense é obrigado a fazer. Por essa razão, é especialista em desarmar bombas.

Em entrevista exclusiva ao GloboNews Mais, na tarde desta terça-feira (10), Dan falou sobre a expectativa sobre a dificuldade para a entrada na Faixa de Gaza e que, apesar do medo, entendem que isso precisa ser feito.

"O que a gente passou no último sábado é o maior massacre desde o Holocausto. Se temos medo de entrar em Gaza, a minha resposta é não."

Dan afirma que, como soldado, "tem que entender o tamanho do momento". Ele afirma que, se for necessário entrar na Faixa de Gaza, entrará e lutará.

De forma emocionada, ele falou também sobre como o povo israelense foi pego desprevenido, no último sábado (7), quando o grupo terrorista Hamas, que governa a Faixa de Gaza, invadiu Israel, matando e sequestrando centenas de civis.

"O dia do massacre era sábado, dia da festa judaica chamada 'Alegria do Torá'. E nesse dia de festa, o exército deixou mais pessoas saírem de casa. A gente ficou tranquilo demais. E a pergunta que tem que ser feita, mas não estamos fazendo, é: como pode ser que com essa Defesa e com a melhor tecnologia, a gente não tenha conseguido parar os terroristas do Hamas?"

Convocação de reservistas

A maioria do Exército israelense é formado em sua força reserva e, segundo Dan, os militares estão preparados para atacar com a força máxima ao convocar 300 mil civis para ir à guerra.

"No momento que começaram a falar do tamanho do massacre, todo mundo, todo israelense, entre 18 e 50 anos, pegou as coisas, foi para casa, ligou para o comandante e perguntou: 'Onde eu tenho que ir agora? Para o Norte, para o Centro, para o Sul?'. É muito automático. Todos os homens israelenses são guerreiros".