Amapá registra recorde de focos de incêncio

Entre Janeiro e Novembro de 2023 mais de 2100 focos de incêndio foram registrados O Amapá registrou mais de 2.

Amapá registra recorde de focos de incêncio

Entre Janeiro e Novembro de 2023 mais de 2100 focos de incêndio foram registrados

O Amapá registrou mais de 2.156 focos de incêndio entre 1º de janeiro e 15 de novembro de 2023, ano em que o estado mais pegou fogo, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O número de focos de incêndio detectados pelo Inpe até a primeira quinzena de novembro, no Amapá, é o maior do período para a série histórica, iniciada há 25 anos, em 1998.

O Amapá sofre com estiagem que dura aproximadamente 40 dias, temperaturas que ultrapassam os 37ºC e sensação térmica acima de 40ºC.

O meteorologista do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa) Jefferson Vilhena afirmou que a seca está mais prolongada este ano. "O mês de novembro está bastante quente, mas com temperatura dentro da média para o período, que varia de 33ºC a 34ºC. Provavelmente, as nossas chuvas só voltarão no mês de Dezembro, o que deve fazer com que a temperatura continue nesses parâmetros mais altos", pontuou.

O Corpo de Bombeiros explicou que a estiagem "produz uma combinação perfeita para propagação descontrolada dos incêndios florestais". "O material vegetal (material combustível) está muito seco, e a umidade do ar, baixa. A falta de chuva prolongada agrava o cenário, otimizando a propagação dos incêndios."

O governo do Amapá decretou situação de emergência porque as comunidades na costa do estado sofrem com falta de água potável. O problema é ocasionado por estiagem, queimadas e salinização dos rios próximos ao oceano.

Um dos casos mais preocupantes é o do arquipélago do Bailique, distrito da capital. Os cidadãos da região estão sem água potável porque o Rio Amazonas, que abastece o local, está com alto teor de sal do Oceano Atlântico. Os moradores da Vila do Sucuriju, na cidade que leva o nome do estado, Amapá, enfrentam o mesmo problema.

Fonte: Site Metrópoles