A Moratória da Soja não respeita o Código Florestal brasileiro, diz governador de MT

A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2023 (COP28), que aconteceu em Dubai, nos Emirados Árabes, entre os dias 30 de novembro e 12 de dezembro, trouxe à tona discussões importantes ao agronegócio e, especificamente, à soja.

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A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2023 (COP28), que aconteceu em Dubai, nos Emirados Árabes, entre os dias 30 de novembro e 12 de dezembro, trouxe à tona discussões importantes ao agronegócio e, especificamente, à soja.

O sétimo episódio do Programa Soja Brasil destaca a entrevista que o diretor de Conteúdo do Canal Rural, Giovani Ferreira, fez com o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, a respeito da Moratória da Soja.

“Até 2050, seremos dez bilhões de pessoas no planeta que demandarão alimentos e poucos países têm as condições que o Brasil e, especificamente, Mato Grosso possuem para aumentar e até dobrar a sua produção nos próximos anos. Nosso desafio é fazer isso de forma cada vez mais sustentável”, diz o governador.

Para tanto, ele lembra que é preciso respeitar a lei brasileira, principalmente o Código Florestal do país. “Não podemos aceitar que empresas de outros países venham ao brasil impor regras que não respeitem o nosso Código Florestal, criando parâmetros diferentes dos previstos no código, que é a lei ambiental restritiva do mundo”.

Moratória da Soja

A Moratória da Soja é uma iniciativa que objetiva assegurar que a soja, produzida no bioma Amazônia e comercializada pelos seus signatários, esteja livre de desflorestamentos ocorridos após 22 de julho de 2008.

Para Mendes, a iniciativa é um “absurdo”. “Nosso Código Florestal, aprovado em 2008, estabelece claramente que dependendo da região do país, se pode usar até 65% do bioma Cerrado, preservando 35%, e do Amazônico, preservar 80% e utilizar apenas 20%. Nenhuma lei do mundo tem essas restrições que o Código Florestal tem para proteger o meio ambiente”

Entretanto, o governador afirma que empresas internacionais não consideram o que está escrito na lei brasileira. “Elas dizem que se o desmate foi feito mesmo respeitando a lei brasileira, mesmo dentro dos parâmetros do Código Florestal brasileiro, não compram a soja da gente mesmo a partir de 2008. Isso é um absurdo. Temos a lei mais restritiva e, mesmo assim, não querem respeitar?”.

O chefe do executivo mato-grossense afirma que o estado está adotando “medidas contundentes” contra essas empresas.

Além desse tema, o Programa Soja Brasil também destacou os trabalhos de duplicação da BR 163, em Mato Grosso, principal rota de escoamento da produção agrícola do estado, bem como o clima no Brasil e fatores de mercado. Assista na íntegra no vídeo acima!