Graneleiro bombardeado no Mar Vermelho faz navios usarem rota mais longa

Na última terça-feira (16), um navio cargueiro com bandeira de Malta foi alvejado por um míssil no Mar Vermelho, marcando um avanço nas investidas a navios comerciais na região, que já estava em alerta de segurança.

Graneleiro bombardeado no Mar Vermelho faz navios usarem rota mais longa

Na última terça-feira (16), um navio cargueiro com bandeira de Malta foi alvejado por um míssil no Mar Vermelho, marcando um avanço nas investidas a navios comerciais na região, que já estava em alerta de segurança. O graneleiro Zografia, registrado na Grécia, foi atingido a cerca de 76 milhas náuticas do Porto de Saleef, no Iêmen, segundo informações da Ambrey Analytics, uma empresa britânica de segurança marítima.

O navio, que viajava do Vietnã para Israel com 24 tripulantes a bordo, estava vazio quando foi atacado, e nenhum ferimento foi relatado. Após o ataque, a embarcação mudou de curso, seguindo viagem com danos no carregamento. O UKMTO (Centro de Vigilância das Operações de Comércio Marítimo do Reino Unido) também recebeu relatos de um incidente a cerca de 100 milhas náuticas a noroeste de Saleef.

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A Marinha dos EUA e empresas de navegação alertaram, desde a última sexta-feira, para que navios evitem a região sul do Mar Vermelho. Os houthis, rebeldes alinhados ao Irã, intensificaram os ataques a navios desde novembro, em resposta à guerra de Israel contra o Hamas e os bombardeamentos na Faixa de Gaza.

A escalada das agressões nas últimas semanas preocupa as potências globais, afetando o comércio mundial e desviando rotas marítimas ao redor da África. Além disso, há temores de que esses ataques possam dificultar o controle da inflação internacional e perturbar as cadeias de abastecimento globais. O disparo de míssil desta terça-feira ocorreu um dia após um cargueiro comercial dos EUA ser atingido na mesma região, aumentando as tensões na área.

Caminho alternativo

No podcast Diário Econômico, o economista-chefe do PicPay, Marco Caruso, disse que os ataques causaram aumento no número de navios que alteraram a rota de navegação do Mar Vermelho para o Cabo da Boa Esperança, na África do Sul. De acordo com a BBC, essa mudança atrasa uma entrega entre o Porto de Rotterdam, na Holanda, e Taiwan em até 35 dias.

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