Incêndios florestais no Chile deixam mais de 120 mortos

De acordo com balanço divulgado nesta segunda-feira, 5, as mortes por incêndios florestais no Chile ultrapassaram 120 pessoas, especialmente na região de Viña del Mar, em Valparaíso.

Incêndios florestais no Chile deixam mais de 120 mortos

De acordo com balanço divulgado nesta segunda-feira, 5, as mortes por incêndios florestais no Chile ultrapassaram 120 pessoas, especialmente na região de Viña del Mar, em Valparaíso. Este é um dos incêndios mais mortais do século. As chamas, que se intensificaram de forma violenta na última sexta-feira, deixaram milhares de pessoas sem luz, água e sob nuvem de fumaça. As regiões de Quilpué e Villa Independencia estão entre as duas áreas mais atingidas. “Perdi vários amigos vizinhos aqui perto, outros quatro mais acima. Isso é o que dói mais”, lamentou o mecânico Hugo de Filippi, 34 anos. Dos 123 mortos até esta segunda-feira, apenass 33 puderam ser identificados, de acordo com o Serviço Médico Legal.

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As autoridades afirmam que o trabalho de levantamento de corpos está sendo dificuldade por locais com focos de incêndios próximos, mas também por conta de veículos e casas que foram carbonizados. A prefeita de Viña del Mar afirmou que existem 190 desaparecidos e que mais de 20.000 moradores foram afetados. Nesta segunda-feira, voltou a ser adotado um toque de recolher noturno entre as 21h e 05h de terça-feira (hora local e de Brasília) para facilitar os trabalhos dos médicos legistas, a limpeza de escombros e tentar repor alguns serviços públicos. As regiões mais castigadas ficam em uma área que há décadas é superpovoada sem planejamento e na qual, por sua proximidade com a costa do Pacífico e também de Santiago, moram famílias de classe média e outras em assentamentos precários e carentes.

A alta densidade populacional em terrenos de difícil acesso, somada à seca prolongada no Chile e às altas temperaturas, facilitaram a propagação das chamas. Tanto o presidente Gabriel Boric quanto o Ministério do Interior já declararam suspeitar que os incêndios tenham sido provocados de maneira intencional e prometeram investigar até encontrar os responsáveis. O papa Francisco pediu orações pelas vítimas, enquanto o secretário-geral da ONU, António Guterres, se solidarizou com o Chile. A França e o alto representante de política externa da União Europeia, Josep Borrell, ofereceram para lidar com a catástrofe que remete “aos estragos da seca e do clima”, disse.

*Com informações da Agence France-Presse