SEPROR participa da primeira pesca nacional manejada de alevinos de Aruanã no município de Maraã

Evento licenciado pelo Ipaam reuniu manejadores da Colônia de Pescadores Z-32 e técnicos do Instituto Mamirauá.

(FOTOS: Divulgação/Sepror/Ipaam)

(FOTOS: Divulgação/Sepror/Ipaam)

MARAÃ (AMAZONAS) - A Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror), por meio da Secretaria Executiva Adjunta de Pesca e Aquicultura (Sepa), participou das atividades da primeira pesca de alevinos de Aruanã Branco (Osteoglossum bicirrhosum), na semana passada, no município de Maraã (distante 634 quilômetros de Manaus), juntamente com manejadores da Colônia de Pescadores Z-32, em parceria com o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), órgão licenciador da atividade com o propósito de conter a pesca predatória.

As atividades aconteceram na região do complexo de lagos Preto, Tigre e Itaúba, de acordo com autorização de nº 001/2023-IPAAM, com assessoria técnica do Programa de Manejo de Pesca do Instituto Desenvolvimento Sustentável Mamirauá – IDSM. A Sepror foi representada pelo Analista Técnico Josué Vilela Oliveira.

O alevino do Aruanã é uma espécie muito importante para a cadeia produtiva da pesca ornamental, assim como o peixe adulto é para a pesca comercial, devido à alta demanda do mercado e elevado preço de venda, destacou o coordenador do Departamento de Pesca da Sepror, Márcio Pinheiro.

"Agora com a autorização do Ipaam para o manejo sustentável do Aruanã, cedida ao Instituto Mamirauá, podemos vislumbrar uma nova era para o comércio de peixes ornamentais em unidades de conservação, pois com a comercialização de alevinos de Aruanãs manejado é agregado mais um produto à cadeia produtiva do pescado nesta categoria, aumentando a renda dos pescadores manejadores", concluiu Márcio.

O diretor-presidente do Ipaam, Juliano Valente, ressalta o pioneirismo da concessão e a vantagem de ser uma opção sustentável para muitos pescadores.

"A autorização é inédita no país. É a primeira vez que um órgão ambiental concede uma permissão para a captura de larvas e alevinos para fim ornamental. Esta é uma saída para que esse tipo de pesca predatória e ilegal de peixes considerados ornamentais seja inibida, garantindo a preservação da espécie", salienta Valente.

Alevinos de Aruanã

Os Aruanãs alevinos e larvas, valorizados no mercado de ornamentais, são contados a partir da boca dos machos da espécie. Entre os aruanãs, é o macho que cuida dos filhotes, guardando a prole na boca até um certo estágio de vida. Quando a boca do peixe está entreaberta, o contador consegue ver a coloração do filhote e distingue em qual fase de desenvolvimento ele se encontra. A partir de 5 centímetros, é permitido o manejo de ornamentais.

FOTOS: Divulgação/Sepror/Ipaam