Governo do Peru considera "inconstitucionais" operações na sede do Executivo e na casa de Dina Boluarte

Neste sábado (30), Gustavo Adrianzén, presidente do Conselho de Ministros do Peru, criticou as inspeções realizadas durante a madrugada no Palácio de Governo e na casa de Dina Boluarte.

Governo do Peru considera

Neste sábado (30), Gustavo Adrianzén, presidente do Conselho de Ministros do Peru, criticou as inspeções realizadas durante a madrugada no Palácio de Governo e na casa de Dina Boluarte. Essas ações fazem parte de uma investigação preliminar contra a presidente do país e são descritas por Adrianzén como “inconstitucionais e desproporcionais”. As inspeções, realizadas por uma equipe de promotores e policiais por cerca de cinco horas na residência de Boluarte — e posteriormente no Palácio de Governo — estão relacionadas a uma investigação aberta em 18 de março sobre suposto enriquecimento ilícito por parte da presidente. Eduardo Arana, ministro da Justiça e Direitos Humanos do Peru, também se pronunciou, afirmando que tais ações demonstram um colapso do sistema democrático e da constitucionalidade, além de politizar a Justiça e atacar as instituições democráticas e presidenciais.

Adrianzén negou que a presidente vá renunciar e enfatizou a inexistência de responsabilidade por parte dela nos crimes sob investigação. Ele afirmou que Boluarte cooperará com a investigação e prestará declarações quando convocada pela promotoria, apesar de ter solicitado um reagendamento, que não foi aceito. As buscas na casa da presidente visavam a possível apreensão de relógios de luxo da marca Rolex, que, segundo a imprensa local, Boluarte utilizava sem declará-los como parte de seu patrimônio. Essa operação, seguida pela busca no Palácio de Governo, gerou controvérsia e críticas quanto à sua legalidade e proporcionalidade.

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A Presidência do Peru informou que a equipe do Palácio do Governo “forneceu todas as facilidades” ao Ministério Público na operação realizada na madrugada deste sábado na sede do Executivo como parte da investigação preliminar sobre o caso dos relógios de luxo da presidente do país, Dina Boluarte. “A equipe do Palácio do Governo forneceu todas as facilidades para os procedimentos solicitados pela Procuradoria da Nação, que ocorreram normalmente e sem nenhum incidente”, disse a instituição na rede social X (antigo Twitter), sem fornecer mais detalhes sobre a operação.

*Com informações da EFE