Brasil deve colher 155 milhões de toneladas de soja, diz USDA

A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o complexo de soja opera com preços mais baixos para grão e óleo, e cotações mais altas para farelo no meio-pregão desta quinta-feira (11).

Brasil deve colher 155 milhões de toneladas de soja, diz USDA

A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o complexo de soja opera com preços mais baixos para grão e óleo, e cotações mais altas para farelo no meio-pregão desta quinta-feira (11).

O mercado está digerindo o relatório de oferta e demanda de abril do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado há pouco, que elevou os estoques finais do país acima do esperado por analistas.

O USDA indicou que a safra norte-americana de soja deverá ficar em 4,165 bilhões de bushels em 2023/24, o equivalente a 113,35 milhões de toneladas.

A produtividade foi indicada em 50,6 bushels por acre. Os números foram mantidos na comparação com março.

Os estoques finais estão projetados em 340 milhões de bushels ou 9,25 milhões de toneladas. O mercado apostava em carryover de 319 milhões de bushels ou 8,68 milhões de toneladas. Em março, a estimativa era de 315 bilhões de bushels ou 8,57 milhões de toneladas.

No âmbito global, os estoques finais foram reduzidos de 114,3 milhões para 114,2 milhões de toneladas. O mercado esperava um número de 112,6 milhões de toneladas.

A safra brasileira foi projetada em 155 milhões de toneladas, sem alterações. Para a Argentina, a previsão é de produção de 50 milhões de toneladas, também sem revisão. O mercado esperava números de 151,7 milhões para o Brasil e de 50,2 milhões para a Argentina.

Os contratos com vencimento em maio de 2024 tinham preço de US$ 11,63 1/4 por bushel, perda de 1,50 centavo de dólar por bushel ou 0,12%. A posição de julho de 2024 era cotada a US$ 11,76 por bushel, queda de 1,75 centavo de dólar por bushel ou 0,14%.

No farelo, maio de 2024 tinha preço de US$ 334,10 por tonelada, valorização de US$ 3,20 por tonelada ou 0,98%. Já a posição de maio de 2024 do óleo era cotada a 46,36 centavos de dólar por libra-peso, retração de 1,24 centavo de dólar por libra-peso ou 2,60%.

Além da soja, milho opera em queda

A Bolsa de Chicago para o milho também opera com preços em baixa no meio-pregão.

Os estoques finais de passagem da safra 2023/24 dos Estados Unidos foram estimados em 2,122 bilhões de bushels, contra os 2,172 bilhões apontados no mês passado e acima dos 2,105 bilhões de bushels esperados pelo mercado. As exportações em 2023/24 foram indicadas em 2,1 bilhões de bushels, sem mudanças em relação a março. O uso de milho para a produção de etanol foi elevado de 5,375 bilhões de bushels para 5,4 bilhões de bushels.

A safra global 2023/24 foi projetada em 1.227,86 milhão de toneladas, abaixo das 1.230,24 milhão de toneladas indicadas em março. O USDA estimou estoques finais da safra mundial 2023/24 em 318,28 milhões de toneladas, abaixo das 319,63 milhões de toneladas indicadas no mês passado, mas acima das 317 milhões de toneladas previstas pelo mercado.

A safra dos Estados Unidos em 2023/24 foi indicada em 389,69 milhões de toneladas, sem alterações em relação a março. A estimativa de safra brasileira é de 124 milhões de toneladas em 2023/24, sem mudanças, enquanto o mercado indicava uma produção de 122,1 milhões de toneladas. A produção da Argentina deve atingir 55 milhões de toneladas, contra as 56 milhões de toneladas indicadas em março. O mercado projetava uma safra de 55,3 milhões de toneladas.

A Ucrânia teve sua projeção de safra mantida em 29,5 milhões de toneladas na temporada 2023/24. A África do Sul teve a safra cortada de 15,5 milhões de toneladas para 14 milhões de toneladas. A China, por sua vez, teve a estimativa de produção para 2023/24 mantida em 288,84 milhões de toneladas.

Os contratos com entrega em maio de 2024 operam com baixa de 3,25 centavos, ou 0,74%, cotados a US$ 4,31 por bushel. Os contratos com entrega em julho de 2024 operam com recuo de 2,50 centavos, ou 0,56%, cotados a US$ 4,43 1/4 por bushel.