Oi diz que recuperação judicial deve ser concluída em "poucas semanas"
Companhia entrou em recuperação em 2016, com dívidas de R$ 65,4 bilhões; em 2020, a Justiça aprovou a divisão dos ativos, que foram colocadas à venda, entre eles o serviço de operação móvel. OiReprodução/TV GloboDiretor de estratégia e experiência do cliente da Oi, Rogério Takayanagi disse nessa quarta-feira (29), durante a apresentação dos resultados do primeiro trimestre de 2022, que o processo de recuperação judicial da empresa, o maior da história do país, deve terminar em “poucas semanas”. O executivo ressaltou que a administradora da recuperação judicial, o escritório Wald Advogados, entregou o relatório final pedido pelo juiz do processo, contendo um quadro atualizado dos credores da companhia. O documento foi entregue na noite de segunda-feira (27), ao juiz Fernando Cesar Ferreira Viana, da 7ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ). Agora, o processo passará pelos trâmites legais do TJ, até que o juiz se manifeste sobre o caso e elabore uma sentença. As demonstrações financeiras do primeiro trimestre da Oi não registraram nenhuma ressalva do auditor, mas o parecer da consultoria PwC manteve a incerteza da continuidade operacional da empresa por conta do processo de recuperação judicial, iniciado para reverter as condições que geravam prejuízo à operadora de telefonia. É cliente da Oi? Veja como a venda da empresa pode impactar sua vidaAnatel autoriza venda da Oi Móvel para consórcio formado por Claro, Tim e VivoPedido de recuperação da Oi é o maior da história do Brasil; veja listaO prazo inicial para o fim da recuperação judicial era 4 de outubro de 2021, mas a Justiça prorrogou a conclusão para 31 de março de 2022. Nesta data, Vianna publicou despacho dando 60 dias para o administrador judicial apresentar novo quadro geral de credores, mostrando a situação atual dos acordos para pagamentos das dívidas da empresa.A Oi entrou em recuperação em 2016, com dívidas de R$ 65,4 bilhões. Em 2020, a Justiça aprovou a divisão dos ativos da companhia em cinco Unidades Produtivas Isoladas (UPIs), colocadas à venda, entre elas o serviço de operação móvel. A conclusão de todo o processo é vista pela empresa como essencial para a reformulação e diminuição da complexidade da empresa, com foco na expansão da fibra e negócios digitais.